domingo, 26 de abril de 2020

A Dengue


DENGUE



                                                 
A dengue é uma doença febril aguda sistêmica de origem viral. Nos últimos 50 anos, o número de casos de dengue no mundo tem aumentado dramaticamente.



A Organização mundial de saúde (OMS) estima que 4 bilhões de pessoas estejam vivendo em áreas com risco de infecção pela doença. Anualmente 390 milhões de casos são registrados no mundo, dos quais 96 milhões se manifestam clinicamente. A dengue afeta 128 países e é considerada uma doença negligenciada pela OMS.
Na região das Américas, a doença tem se disseminado com surtos cíclicos ocorrendo a cada 3/5 anos. No Brasil, a transmissão vem ocorrendo de forma continuada desde 1986 registrando o maior surto da doença em 2013, com aproximadamente 2 milhões de casos notificados.


Causa

A dengue é causada por um arbovírus (vírus transmitidos por artrópodes) que se apresenta em quatro tipos diferentes: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Atualmente os quatro sorotipos circulam no Brasil intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas com a introdução de novos sorotipos em áreas anteriormente não atingidas ou alteração do sorotipo predominante.

Transmissão

O vírus é transmitido pela picada de mosquitos da espécie Aedes que também são responsáveis pela transmissão da chikungunyafebre amarela e Zika.

Sintomas

A dengue pode ter diferentes apresentações clínicas e de prognóstico imprevisível. Os primeiros sintomas aparecem de quatro a 10 dias depois da picada do mosquito infectado. A doença começa bruscamente e se assemelha a uma síndrome gripal grave caracterizado por febre elevada, fortes dores de cabeça e nos olhos, além de dores musculares e nas articulações.

Durante a evolução da doença, destacam-se três fases: febril, crítica e de recuperação. Na fase crítica da dengue (entre o terceiro e o sexto dia após o início dos sintomas), podem surgir manifestações clínicas (sinais de alarme) correspondentes a uma complicação da doença potencialmente letal chamada dengue grave (conhecida anteriormente como dengue hemorrágica), que aparecem devido ao aumento da permeabilidade vascular e da perda de plasma, o que pode levar ao choque irreversível e à morte.

Os sinais clínicos de alarme da dengue grave são: dor abdominal intensa e contínua; vômitos persistentes; hipotensão postural e/ou lipotimia (tonturas, decaimento, desmaios); hepatomegalia dolorosa (aumento de tamanho do fígado); sangramento na gengiva e no nariz ou hemorragias importantes (vômitos com sangue e/ou fezes com sangue de cor escura); sonolência e/ou irritabilidade; diminuição da diurese (diminuição do volume urinado); diminuição repentina da temperatura do corpo (hipotermia); e desconforto respiratório.

Uma infecção curada de dengue confere ao paciente imunidade contra o tipo de vírus responsável. Por existirem quatro tipos diferentes de vírus, para estar totalmente imunizado, é necessário ter tido contato com todos eles. Caso contrário, a cada contágio com um novo tipo de vírus, os sintomas são mais intensos e o risco de desenvolver a dengue grave é mais alto.

Diagnóstico

O diagnóstico da dengue é feito comumente mediante sorologia para determinar a presença de anticorpos contra o vírus no sangue, mas não determina especificamente qual tipo de vírus é responsável pela infecção. Métodos de biologia molecular mais elaborados podem ser utilizados para detectar as proteínas do vírus.

Tratamento
Não existe tratamento específico para dengue. Os cuidados terapêuticos consistem em tratar os sintomas: combater a febre e, nos casos graves, realizar hidratação por via intravenosa. O atendimento rápido para a identificação dos sinais de alarme e o tratamento oportuno podem reduzir o número de óbitos, chegando a menos de 1% dos casos.
Prevenção
Desde o fim de 2015 a primeira vacina contra dengue foi registrada em diferentes países para ser usada em indivíduos de 9 a 45 anos vivendo em áreas endêmicas ou de risco. A OMS recomenda que os países considerem a introdução da vacina contra dengue apenas em zonas geográficas onde os dados epidemiológicos indicam um alto índice da doença. Outras vacinas com diferentes tipos do vírus se encontram em período de desenvolvimento. De modo geral as vacinas têm mostrado uma efetividade muito variável (entre 50% e 80%) dependendo do tipo de vírus que causa a infeção, do tipo de indivíduos vacinados e do local onde tem sido implementada; igualmente o tempo de duração da proteção está sendo estudado.

Atualmente, a principal forma de prevenção é o combate aos mosquitos – eliminando os criadouros de forma coletiva com participação comunitária – e o estímulo à estruturação de políticas públicas efetivas para o saneamento básico e o uso racional de inseticidas.

CORONA VÍRUS

CORONAVIRUS   
Assista também  o vídeo ao  final do texto,OK?


Ilustração feita pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, mostra a morfologia do novo coronavírus, conhecido cientificamente como 2019-nCoV — Foto: Alissa Eckert, MS; Dan Higgins, MAM/CDC/Handout via Reuters

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).
Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

O que é COVID-19?

COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria dos pacientes com COVID-19 (cerca de 80%) podem ser assintomáticos e cerca de 20% dos casos podem requerer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória e desses casos aproximadamente 5% podem necessitar de suporte para o tratamento de insuficiência respiratória (suporte ventilatório).

O que é o coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).
Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Quais são os sintomas
Os sintomas da COVID-19 podem variar de um simples resfriado até uma pneumonia severa. Sendo os sintomas mais comuns:

  • Tosse
  • Febre 
  • Coriza 
  • Dor de garganta
  • Dificuldade para respirar
  • Pessoa com quadro respiratório agudo, caracterizado por sensação febril ou febre, que pode ou não estar presente na hora da consulta (podendo ser relatada ao profissional de saúde), acompanhada de tosse OU dor de garganta OU coriza OU dificuldade respiratória, o que é chamado de Síndrome Gripal.
  • Pessoa com desconforto respiratório/dificuldade para respirar OU pressão persistente no tórax OU saturação de oxigênio menor do que 95% em ar ambiente OU coloração azulada dos lábios ou rosto, o que é chamado de Síndrome Respiratória Aguda Grave
  • De biologia molecular (RT-PCR em tempo real) que diagnostica tanto a COVID-19, a Influenza ou a presença de Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
  • Imunológico (teste rápido) que detecta, ou não, a presença de anticorpos em amostras coletadas somente após o sétimo dia de início dos sintomas.
  • Lave com freqüência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou então higienize com álcool em gel 70%.
  • Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos.
  • Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Ao tocar, lave sempre as mãos como já indicado.
  • Mantenha uma distância mínima de cerca de 2 metros de qualquer pessoa tossindo ou espirrando.
  • Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um comportamento amigável sem contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto.
  • Higienize com freqüência o celular e os brinquedos das crianças.
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.
  • Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.
  • Evite circulação desnecessária nas ruas, estádios, teatros, shoppings, shows, cinemas e igrejas. Se puder, fique em casa.
  • Se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos, e fique em casa até melhorar.
  • Durma bem e tenha uma alimentação saudável.
  • Utilize máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido em situações de saída de sua residência. 
  • Caso você precise viajar, avalie a real necessidade.  Se for inevitável viajar, previna-se e siga as orientações das autoridades de saúde locais.
  • No caso de viagens internacionais: o isolamento domiciliar voluntário por 7 dias após o desembarque, mesmo que não tenha apresentado os sintomas.
  • No caso de viagens locais: ficar atento à sua condição de saúde, principalmente nos primeiros 14 dias.
  • Reforçar os hábitos de higiene, como lavar as mãos com água e sabão.
  • Caso apresente sintomas de gripe, siga as orientações do Ministério da Saúde para isolamento domiciliar.
Só procure um hospital de referência se estiver com falta de ar.
  • Fique em isolamento domiciliar.
  • Utilize máscara o tempo todo.
  • Se for preciso cozinhar, use máscara de proteção, cobrindo boca e nariz todo o tempo.
  • Depois de usar o banheiro, nunca deixe de lavar as mãos com água e sabão e sempre limpe vaso, pia e demais superfícies com álcool ou água sanitária para desinfecção do ambiente.
  • Separe toalhas de banho, garfos, facas, colheres, copos e outros objetos apenas para seu uso.
  • O lixo produzido precisa ser separado e descartado.
  • Sofás e cadeiras também não podem ser compartilhados e precisam ser limpos freqüentemente com água sanitária ou álcool 70%.
  • Mantenha a janela aberta para circulação de ar do ambiente usado para isolamento e a porta fechada, limpe a maçaneta freqüentemente com álcool 70% ou água sanitária.
  • Manter a distância mínima de 1 metro entre o paciente e os demais moradores.
  • Limpe os móveis da casa freqüentemente com água sanitária ou álcool 70%.
  • Se uma pessoa da casa tiver diagnóstico positivo, todos os moradores ficam em isolamento por 14 dias também.
  • Caso outro familiar da casa também inicie os sintomas leves, ele deve reiniciar o isolamento de 14 dias. Se os sintomas forem graves, como dificuldade para respirar, ele deve procurar orientação médica.

Como é transmitido
A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio de: 
• Toque do aperto de mão;
• Gotículas de saliva;
• Espirro;
• Tosse;
• Catarro;
• Objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc.

Diagnóstico
O diagnóstico da COVID-19 é realizado primeiramente pelo profissional de saúde que deve avaliar a presença de critérios clínicos:
Caso o paciente apresente os sintomas, o profissional de saúde poderá solicitar exame laboratoriais:
O diagnóstico da COVID-19 também pode ser realizado a partir de critérios como: histórico de contato próximo ou domiciliar, nos últimos 7 dias antes do aparecimento dos sintomas, com caso confirmado laboratorialmente para COVID-19 e para o qual não foi possível realizar a investigação laboratorial específica, também observados pelo profissional durante a consulta.

Como se proteger
As recomendações de prevenção à COVID-19 são as seguintes:


Dicas para viajantes
Ao voltar de viagens internacionais ou locais recomenda-se:

Se eu ficar doente
Caso você se sinta doente, com sintomas de gripe, evite contato físico com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos e fique em casa por 14 dias.
Em caso de diagnóstico positivo para COVID-19, siga as seguintes recomendações:
Caso o paciente não more sozinho, os demais moradores da devem dormir em outro cômodo, longe da pessoa infectada, seguindo também as seguintes recomendações:
  • Manter a distância mínima de 1 metro entre o paciente e os demais moradores.
  • Limpe os móveis da casa frequentemente com água sanitária ou álcool 70%.
  • Se uma pessoa da casa tiver diagnóstico positivo, todos os moradores ficam em isolamento por 14 dias também.
  • Caso outro familiar da casa também inicie os sintomas leves, ele deve reiniciar o isolamento de 14 dias. Se os sintomas forem graves, como dificuldade para respirar, ele deve procurar orientação médica.
https://saude.gov.br/











sexta-feira, 24 de abril de 2020

VÍRUS


Vírus


 Você já deve ter ouvido falar que a gripe é causada por vírus. Mas como eles provocam essa doença? Os vírus não são pluricelulares nem unicelulares. Eles não são sequer formados por células. Então, já que não são formados por células, como são os vírus?
A estrutura dos vírus é menos complexa que a das bactérias. De modo bem simples, podemos descrever um vírus como sendo formado por um envoltório externo, dentro do qual se abriga o que é chamado material genético do vírus. Por não serem feitos de células, os vírus não se alimentam e não são capazes de se reproduzir por si mesmos. Para se reproduzirem, eles necessitam de uma célula que os hospede.



Como ficamos gripados?


Quando uma pessoa gripada tosse ou espirra, muitas pequenas gotinhas de saliva são espalhadas pelo ar. Cada uma delas pode conter vírus causadores da gripe. Se uma delas entrar pela boca ou pelo nariz de outra pessoa, esta será contaminada. Dentro desse novo indivíduo, o vírus da gripe invade uma célula do nariz ou da garganta, por exemplo. Dentro da célula, o vírus libera o seu material genético. Esse material tem a capacidade de assumir o controle da célula e usar a sua estrutura para produzir novos vírus. Os vários novos vírus formados deixam a célula e se espalham pelo organismo. Cada um deles vai entrar em outra célula e repetir todo esse processo, originando mais vírus. Por meio da saliva da pessoa contaminada, alguns deles podem ser transmitidos, deixando outras pessoas também gripadas.
Num único espirro, uma pessoa gripada elimina centenas de vírus em gotículas de saliva.
Então os vírus são seres vivos? Para se reproduzir, os vírus precisam de uma célula que os hospede. Assim, todos os vírus são, obrigatoriamente, parasitas do interior de células.
Quando fora de uma célula, um vírus não costuma ser considerado um ser vivo. Afinal de contas, ele não tem as características de um. Quando dentro de uma célula hospedeira, os vírus atuam como parasitas e, aí sim, até podem ser considerados viventes. Como você percebeu, os vírus são bem distintos das bactérias, dos protozoários e de outros seres mais complexos, como animais, plantas e fungos.

Doenças causadas por vírus

Além da gripe, muitas outras doenças humanas são causadas por vírus. Entre elas, podemos destacar:
• aids
• sarampo;
• caxumba;
 • hepatite infecciosa;
• febre amarela;
• ebola;
• dengue;
• febre chicungunha;
• catapora (varicela);
• varíola;
• raiva;
• poliomielite ou paralisia infantil.

Os modos de transmissão dessas doenças são muito variados. Algumas, como gripe, sarampo e caxumba, são transmitidas por gotículas de saliva contendo vírus.
 O vírus da dengue é transmitido pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, que o adquire ao picar uma pessoa contaminada.
O vírus da febre amarela, em ambiente silvestre, é transmitido principalmente pelas fêmeas de mosquitos do gênero Haemagogus e, em ambiente urbano, pelas fêmeas de Aedes aegypti.
 O vírus da aids não é transmitido por saliva, aperto de mão ou abraço, mas por contato com o sangue da pessoa contaminada ou por relações sexuais desprotegidas (isto é, sem o uso adequado de preservativos) com ela. A aids é uma enfermidade grave que, sem tratamento especializado, mata.

Febre chikungunya (ou chicungunha)

“A febre chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes albopictus os principais vetores. Os sintomas da doença são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a 10 dias. A letalidade da chikungunya, segundo a (OPAS) Organização Pan-Americana de Saúde, é rara, sendo ainda menos frequente que nos casos de dengue. Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas tomem as mesmas medidas adotadas para o controle da dengue. [verificar se a caixa-d’água está bem fechada; não deixar vasilhames ao ar livre; verificar se as calhas não estão entupidas; colocar areia nos pratos dos vasos de planta e evitar qualquer acúmulo de água parada.]”
Fonte: Agência Fiocruz de Notícias. Disponível em: (acesso: maio 2018).

Zika Vírus

O Zika virus foi isolado, pela primeira vez, em 1947, num macaco Rhesus utilizado para pesquisas na Floresta de Zika, em Uganda, no continente africano. Aproximadamente 20 anos depois, ele foi isolado em seres humanos na Nigéria. Dali, ele se espalhou por diversas regiões da África e da Ásia e alcançou a Oceania. Possivelmente, ele entrou no Brasil trazido por turistas que vieram assistir à Copa do Mundo de Futebol, em 2014. No nosso país, o vírus Zika encontrou o mosquito que, entre outros do mesmo gênero [...], serve de vetor para sua transmissão: o Aedes aegypti, também transmissor da dengue, da febre chicungunha e da febre amarela. Macacos e seres humanos costumam ser os hospedeiros. De certa forma, os sintomas são semelhantes nessas doenças, porém menos graves na febre zika: febre por volta dos 38 graus, dor de cabeça, no corpo e nas articulações, diarreia, náuseas, mal-estar. A erupção cutânea (exantema) acompanhada de coceira intensa pode tomar o rosto, o tronco e os membros e atingir a palma das mãos e a planta dos pés. Fotofobia [aversão à luz] e conjuntivite são outros sinais da infecção pelo Zika virus. [...] Não existe vacina contra a doença, que é de notificação compulsória. A única forma de prevenção é combater os focos do mosquito Aedes, típico das regiões urbanas de clima tropical e subtropical e que ataca principalmente nos períodos de muito calor e chuva, pela manhã e ao entardecer. [...] É muito importante manter o paciente bem hidratado e procurar um médico assim que os primeiros sintomas se manifestarem.”
 Fonte: D. Varella. Disponível em: (acesso: maio 2018).







OS ANTIBIÓTICOS E A SAÚDE HUMANA


Os  antibióticos  e  a  saúde humana -  7º Ano 

Em 1928, durante suas pesquisas, o cientista escocês Alexander Fleming (1881-1955) deixou uma placa contendo uma cultura de bactérias Staphylococcus destampada. Por acaso, ela se contaminou com esporos de um bolor, vindos do ar. (Fazer uma cultura de bactérias é deixá-las crescer em um material nutritivo, para serem estudadas.) Fleming percebeu que as bactérias da cultura morriam nas proximidades da região em que o fungo cresceu. Atento a essa observação casual, ele estudou melhor a placa e concluiu que o fungo, o Penicillium notatum, produzia uma substância capaz de matar as bactérias ao redor. Testes posteriores indicaram que essa substância, que ele denominou penicilina, podia ser administrada no combate a infecções bacterianas. Estava descoberto o primeiro antibiótico. Graças ao trabalho de outros pesquisadores, a penicilina pôde ser produzida em escala industrial e, em 1941, passou a ser comercializada. Fleming recebeu o Prêmio Nobel em 1945. Um antibiótico é uma substância capaz de impedir o crescimento e o desenvolvimento de microrganismos. Os antibióticos são especialmente úteis como medicamentos no combate às doenças causadas por bactérias. Atualmente são conhecidos vários antibióticos. Alguns são produzidos por seres vivos microscópicos. Outros são obtidos artificialmente, utilizando conhecimentos químicos em indústrias farmacêuticas. Os antibióticos são extremamente úteis na Medicina atual. Sem eles, algumas infecções bacterianas seriam fatais para o ser humano. Antibióticos só devem ser tomados sob orientação médica. Seu uso pode acarretar efeitos colaterais (efeitos não pretendidos) indesejáveis, além do que, se ingeridos de forma incorreta ou por tempo muito prolongado, favorecem a seleção de bactérias resistentes a eles. Se isso ocorrer, terá surgido uma nova variedade de bactéria mais difícil de combater e, portanto, que oferece mais riscos à saúde humana.
Ciências Naturais:Aprendendo com o cotidiano/Eduardo Leite do Canto, 6. Ed. São Paulo:Moderna, 2018 


INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DIVERSIDADE DE VIDA MICROSCÓPICA/ BACTÉRIAS

Doenças negligenciadas
https://www.infoescola.com/doencas/doencas-negligenciadas

Doenças negligenciadas são aquelas doenças causadas por agentes infecciosos ou parasitas e são consideradas endêmicas em populações de baixa renda, especialmente entre as populações pobres da África, Ásia e América Latina. O baixo acesso à água e a falta de saneamento básico contribuem para a disseminação dessas doenças.
Anualmente, causam juntas entre 500 mil e um milhão de óbitos. Elas também contribuem para a manutenção das desigualdades entre os países, pois são um entrave para o seu desenvolvimento. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 1/6 da população mundial (por volta de 1 bilhão de pessoas) estão contaminadas com uma ou mais doenças, podendo causar incapacidade ou morte.
São exemplos de doenças negligenciadas: denguedoença de Chagasesquistossomosehanseníasemaláriatuberculosedoença do sono (tripanossomíase humana africana), leishmaniose visceral (LV), filariose linfática. As doenças negligenciadas são as principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. O tratamento de algumas dessas doenças é conhecido e é barato, mas não estão disponíveis nas áreas mais pobres do mundo. Estas doenças possuem investimentos reduzidos em pesquisas, produção de medicamentos e vacinas. Isto acontece porque não há interesse da indústria farmacêutica em investir muito nessas doenças por conta do baixo potencial de retorno lucrativo, já que elas se concentram em populações de baixa renda e em países em desenvolvimento, por isso é dado o adjetivo negligenciada.
No Brasil, o Programa de Pesquisa e Desenvolvimento em Doenças Negligenciadas no Brasil, no âmbito da parceria do Ministério da Saúde com o Ministério da Ciência e Tecnologia identificou sete prioridades de atuação: dengue, doença de Chagas, leishmaniose, hanseníase, malária, esquistossomose e tuberculose.
pesar de todos os esforços no combate às doenças negligenciadas, estima-se que 46 milhões de crianças na América Latina e no Caribe vivam em áreas de alto risco de infecção ou reinfecção com helmintos transmitidos pelo solo. A cada ano são relatados mais de 33 mil novos casos de hanseníase, 51 mil casos de leishmaniose, 25 milhões de novos casos de doença de Chagas são relatados e 12,6 milhões sofrem de filariose linfática.
Para se tentar controlar esta situação são necessários não só investimentos em pesquisa de novos medicamentos e vacinas, mas também a melhoria das condições sanitárias das populações afetadas, pois este é um dos maiores problemas associados a estas doenças.
Doenças negligenciadas. Disponível em: https://agencia.fiocruz.br/doen%C3%A7as-negligenciadas
Doenças negligenciadas. Disponível em http://www.abc.org.br/rubrique.php3?id_rubrique=92
DNDi América Latina. Disponível em: http://www.dndial.org/pt/dndi-na-america-latina/quem-somos.html



BACTÉRIAS

Segundo Eduardo Leite do Canto,

As bactérias são os organismos mais simples conhecidos. São unicelulares procariotos e existem centenas de espécies diferentes já identificadas. Os biólogos as incluem no  Bactéria, anteriormente conhecido como Reino Monera.








Há bactérias com formato de esfera (cocos), de bastonete (bacilos), de espiral (espirilos) ou de vírgula (vibrião).





Algumas se agrupam formando cachos ou seqüência, como se fossem colares de contas.

Reprodução das bactérias 
A maioria das bactérias é heterotrófica, ou seja, depende de alimento produzido por outros organismos. Muitas delas podem ser encontradas nos solos férteis, onde atuam como decompositoras de restos de organismos mortos. Juntamente com os fungos, essas bactérias desempenham um papel fundamental na natureza: decompor os resíduos de seres vivos, devolvendo ao solo os nutrientes importantes ao crescimento das plantas. Em apenas um grama de solo podem ser encontrados 2,5 bilhões de bactérias! Além disso, há algumas variedades de bactérias que também vivem no solo e que são capazes de transformar o gás nitrogênio do ar em “adubos” para as plantas. Ao fazer isso, aumentam, e muito, a fertilidade do solo. Essas bactérias, chamadas de fixadoras de nitrogênio, frequentemente vivem associadas à raiz de plantas fabáceas (leguminosas), como feijão e soja.

Importância Econômica das bactérias

  • Na indústria farmacêutica, são produzidos antibióticos e vitaminas a partir de bactérias.
  • Algumas bactérias são utilizadas nas fabricação de alimentos, como os lactobacilos.
  • Com a engenharia genética, é possível usar bactérias geneticamente modificadas (em que se introduz genes humanos) para produzir proteínas humanas, como hormônio do crescimento e insulina.

Também é possível introduzir bactérias do gênero Pseudomonas em ambientes poluídos para descontaminação. Elas agem oxidando compostos orgânicos nocivos e tornando-os inofensivos. Esse processo é chamado de biorremediação

 Reprodução das bactérias
Assim como os protozoários, as bactérias podem se reproduzir por divisão binária. Nesse processo, a célula de uma bactéria vai crescendo até o momento em que se divide em duas, com as mesmas características da original. Encontrando condições apropriadas de temperatura e alimento, uma célula pode crescer e originar duas novas células em cerca de 20 ou 30 minutos. Depois de igual período, cada uma delas cresce e se divide em mais duas, e assim por diante. Como você percebe, em pouco tempo uma única bactéria consegue dar origem a um verdadeiro batalhão delas.

Há bactérias que causam doenças

As bactérias exibem muitas adaptações diferentes, que lhes permitem viver em condições muito variadas. Uma notável adaptação de certas bactérias é a capacidade de viver em associação com outros organismos. Algumas são encontradas, por exemplo, em nossa pele, em nossa boca e em nosso intestino e, normalmente, não nos causam mal. Outras bactérias, porém, são capazes de provocar doenças no ser humano ou em outros animais. Entre as doenças humanas causadas por bactérias merecem destaque:
• tétano;
 • coqueluche;
• tuberculose;
• leptospirose;
• hanseníase;
• tifo;
• pneumonia bacteriana;
• meningite bacteriana;
• cólera;
• botulismo.

Aprofunde seus conhecimentos  - abra o link abaixo para pesquisar sobre as doenças.