DENGUE
A dengue é uma doença febril aguda sistêmica de origem viral. Nos últimos 50 anos, o número de casos de dengue no mundo tem aumentado dramaticamente.
A Organização mundial de saúde (OMS) estima que 4 bilhões de pessoas
estejam vivendo em áreas com risco de infecção pela doença. Anualmente 390
milhões de casos são registrados no mundo, dos quais 96 milhões se manifestam
clinicamente. A dengue afeta 128 países e é considerada uma doença
negligenciada pela OMS.
Na região das Américas, a doença tem se disseminado com surtos cíclicos
ocorrendo a cada 3/5 anos. No Brasil, a transmissão vem ocorrendo de forma
continuada desde 1986 registrando o maior surto da doença em 2013, com
aproximadamente 2 milhões de casos notificados.
Causa
A dengue
é causada por um arbovírus (vírus transmitidos por artrópodes) que se apresenta
em quatro tipos diferentes: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Atualmente os quatro
sorotipos circulam no Brasil intercalando-se com a ocorrência de epidemias,
geralmente associadas com a introdução de novos sorotipos em áreas
anteriormente não atingidas ou alteração do sorotipo predominante.
Transmissão
O vírus é
transmitido pela picada de mosquitos da espécie Aedes que
também são responsáveis pela transmissão da chikungunya, febre amarela e
Zika.
Sintomas
A dengue
pode ter diferentes apresentações clínicas e de prognóstico imprevisível. Os
primeiros sintomas aparecem de quatro a 10 dias depois da picada do mosquito
infectado. A doença começa bruscamente e se assemelha a uma síndrome gripal
grave caracterizado por febre elevada, fortes dores de cabeça e nos olhos, além
de dores musculares e nas articulações.
Durante a evolução da doença, destacam-se três fases: febril, crítica e de recuperação. Na fase crítica da dengue (entre o terceiro e o sexto dia após o início dos sintomas), podem surgir manifestações clínicas (sinais de alarme) correspondentes a uma complicação da doença potencialmente letal chamada dengue grave (conhecida anteriormente como dengue hemorrágica), que aparecem devido ao aumento da permeabilidade vascular e da perda de plasma, o que pode levar ao choque irreversível e à morte.
Os sinais clínicos de alarme da dengue grave são: dor abdominal intensa e contínua; vômitos persistentes; hipotensão postural e/ou lipotimia (tonturas, decaimento, desmaios); hepatomegalia dolorosa (aumento de tamanho do fígado); sangramento na gengiva e no nariz ou hemorragias importantes (vômitos com sangue e/ou fezes com sangue de cor escura); sonolência e/ou irritabilidade; diminuição da diurese (diminuição do volume urinado); diminuição repentina da temperatura do corpo (hipotermia); e desconforto respiratório.
Uma infecção curada de dengue confere ao paciente imunidade contra o tipo de vírus responsável. Por existirem quatro tipos diferentes de vírus, para estar totalmente imunizado, é necessário ter tido contato com todos eles. Caso contrário, a cada contágio com um novo tipo de vírus, os sintomas são mais intensos e o risco de desenvolver a dengue grave é mais alto.
Durante a evolução da doença, destacam-se três fases: febril, crítica e de recuperação. Na fase crítica da dengue (entre o terceiro e o sexto dia após o início dos sintomas), podem surgir manifestações clínicas (sinais de alarme) correspondentes a uma complicação da doença potencialmente letal chamada dengue grave (conhecida anteriormente como dengue hemorrágica), que aparecem devido ao aumento da permeabilidade vascular e da perda de plasma, o que pode levar ao choque irreversível e à morte.
Os sinais clínicos de alarme da dengue grave são: dor abdominal intensa e contínua; vômitos persistentes; hipotensão postural e/ou lipotimia (tonturas, decaimento, desmaios); hepatomegalia dolorosa (aumento de tamanho do fígado); sangramento na gengiva e no nariz ou hemorragias importantes (vômitos com sangue e/ou fezes com sangue de cor escura); sonolência e/ou irritabilidade; diminuição da diurese (diminuição do volume urinado); diminuição repentina da temperatura do corpo (hipotermia); e desconforto respiratório.
Uma infecção curada de dengue confere ao paciente imunidade contra o tipo de vírus responsável. Por existirem quatro tipos diferentes de vírus, para estar totalmente imunizado, é necessário ter tido contato com todos eles. Caso contrário, a cada contágio com um novo tipo de vírus, os sintomas são mais intensos e o risco de desenvolver a dengue grave é mais alto.
Diagnóstico
O
diagnóstico da dengue é feito comumente mediante sorologia para determinar a
presença de anticorpos contra o vírus no sangue, mas não determina
especificamente qual tipo de vírus é responsável pela infecção. Métodos de
biologia molecular mais elaborados podem ser utilizados para detectar as
proteínas do vírus.
Tratamento
Não existe tratamento específico para
dengue. Os cuidados terapêuticos consistem em tratar os sintomas: combater a
febre e, nos casos graves, realizar hidratação por via intravenosa. O
atendimento rápido para a identificação dos sinais de alarme e o tratamento
oportuno podem reduzir o número de óbitos, chegando a menos de 1% dos casos.
Prevenção
Desde o
fim de 2015 a primeira vacina contra dengue foi registrada em diferentes países
para ser usada em indivíduos de 9 a 45 anos vivendo em áreas endêmicas ou de
risco. A OMS recomenda que os países considerem a introdução da vacina contra
dengue apenas em zonas geográficas onde os dados epidemiológicos indicam um
alto índice da doença. Outras vacinas com diferentes tipos do vírus se
encontram em período de desenvolvimento. De modo geral as vacinas têm mostrado
uma efetividade muito variável (entre 50% e 80%) dependendo do tipo de vírus
que causa a infeção, do tipo de indivíduos vacinados e do local onde tem sido
implementada; igualmente o tempo de duração da proteção está sendo estudado.
Atualmente, a principal forma de prevenção é o combate aos mosquitos – eliminando os criadouros de forma coletiva com participação comunitária – e o estímulo à estruturação de políticas públicas efetivas para o saneamento básico e o uso racional de inseticidas.
Atualmente, a principal forma de prevenção é o combate aos mosquitos – eliminando os criadouros de forma coletiva com participação comunitária – e o estímulo à estruturação de políticas públicas efetivas para o saneamento básico e o uso racional de inseticidas.